O ouro quebrou recordes repetidamente esta semana, com o lingote a ultrapassar os $3.050 pela quarta vez em apenas cinco dias. Por trás deste movimento explosivo encontra-se uma tempestade perfeita: guerras comerciais de tarifas ameaçando a inflação, pontos de tensão geopolítica na Europa de Leste e no Médio Oriente, e a Fed a insinuar a possibilidade de cortes de taxas antes do final do ano. Estas correntes elevaram todas as classes de ativos — mas nem todas na mesma proporção.
A História de Dois Investimentos em Ouro
Quando se trata de melhor posicionamento em ETFs de ouro, a maioria dos investidores enfrenta uma encruzilhada. SPDR Gold Trust ETF (GLD) subiu 15,6% desde o início do ano, refletindo diretamente o preço do ouro físico guardado em cofres em Londres. Entretanto, VanEck Gold Miners ETF (GDX) disparou 32,3% mais alto, aproveitando o rasto das ações de empresas de mineração. A diferença de desempenho revela uma verdade crucial: a subida do preço do ouro e a rentabilidade das minas movem-se em conjunto, mas uma amplifica a outra.
Porque é que o Ouro Está a Acelerar Agora
Comecemos pelas tensões comerciais. A guerra tarifária inflaciona os custos em toda a economia, tornando o papel do ouro como proteção contra a inflação mais valioso do que nunca. Quando a moeda enfraquece e o poder de compra diminui, os ativos reais mantêm-se firmes.
Adicione a fricção geopolítica: as negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia estagnaram, enquanto os ataques aéreos de Israel intensificam-se. A procura por refúgios seguros aumenta quando o mundo parece menos estável.
Depois, considere a mudança de postura da Fed. Cortes nas taxas de juro sinalizam uma mudança — taxas mais baixas reduzem o custo de oportunidade de manter ouro sem rendimento. Comparando com os títulos que oferecem rendimentos modestos, de repente, um metal amarelo acumulado numa cofrezada começa a parecer inteligente.
A queda do dólar em cinco meses torna a oferta ainda mais atrativa. Um dólar mais fraco torna o ouro cotado em dólares mais barato para compradores estrangeiros, impulsionando a procura internacional. A China continuou a comprar ouro pelo quarto mês consecutivo em fevereiro. Globalmente, os bancos centrais acumularam mais de 1.000 toneladas de ouro pelo terceiro ano consecutivo, segundo o World Gold Council. A procura de investimento aumentou 25% face ao ano anterior em 2024.
GLD: A Aposta Pura no Lingote
GLD detém $87,4 mil milhões em ativos sob gestão e negocia cerca de 8 milhões de ações por dia. Com uma taxa anual de 40 pontos base, é um veículo simples: possui uma fatia de ouro real armazenado em cofres protegidos pelo HSBC em Londres. Cada ação representa uma quantidade fixa de lingote.
Esta simplicidade tem os seus prós e contras. Não há risco específico de empresa — sem dramas de CEO, sem problemas operacionais, sem surpresas nos dividendos. O que oferece é exposição ao preço e proteção contra a inflação. Para posicionamento defensivo ou preservação de riqueza em tempos de incerteza, o GLD entrega exatamente o que promete: estabilidade.
GDX: A Jogada Alavancada no Potencial de Mineração
GDX gere $14,8 mil milhões e atrai cerca de 17 milhões de ações em negociação diária. Detém 63 empresas de mineração, sendo que as empresas canadenses representam 44,6% da carteira, os EUA 16,5% e a Austrália 11,1%. A taxa anual de 51 pontos base é um pouco mais elevada, mas o potencial de retorno justifica para certos investidores.
Aqui está a alavancagem: quando o ouro sobe $50, uma empresa de mineração com margens fortes pode ver os lucros a saltar 20% ou mais. Essa alavancagem operacional transforma ganhos no preço do lingote em retornos de ações desproporcionais. Os ETFs de mineração também podem distribuir dividendos e beneficiar de histórias de crescimento específicas das empresas, além da própria commodity. Mas isto funciona também ao contrário — risco de empresa, qualidade da gestão e volatilidade do preço da commodity influenciam os retornos.
Qual o Melhor ETF de Ouro para o Seu Portefólio?
Escolha GLD se procura uma proteção contra a inflação e a incerteza geopolítica. É a escolha para estabilidade a longo prazo, preservação de capital e evitar complexidades desnecessárias. Está a apostar nos preços do ouro sem alavancagem operacional.
Escolha GDX se o seu horizonte temporal permite volatilidade e quer potenciar a subida do ouro. As ações de mineração historicamente superam o ouro físico durante os mercados em alta, porque a alavancagem operacional funciona a seu favor. O potencial de dividendos e a possibilidade de crescimento acrescentam valor além da exposição à commodity.
Os dados falam por si: o GDX quase duplicou os ganhos do GLD este ano (32,3% vs. 15,6%). Mas o desempenho passado e a alavancagem podem ser tanto uma vantagem como uma desvantagem. A melhor escolha de ETF de ouro depende do seu apetite de risco, horizonte de investimento e convicção na continuação da subida dos metais preciosos.
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Melhores ETFs de Ouro: Por que o GLD e o GDX Contam Histórias Diferentes no Mercado de Hoje
O ouro quebrou recordes repetidamente esta semana, com o lingote a ultrapassar os $3.050 pela quarta vez em apenas cinco dias. Por trás deste movimento explosivo encontra-se uma tempestade perfeita: guerras comerciais de tarifas ameaçando a inflação, pontos de tensão geopolítica na Europa de Leste e no Médio Oriente, e a Fed a insinuar a possibilidade de cortes de taxas antes do final do ano. Estas correntes elevaram todas as classes de ativos — mas nem todas na mesma proporção.
A História de Dois Investimentos em Ouro
Quando se trata de melhor posicionamento em ETFs de ouro, a maioria dos investidores enfrenta uma encruzilhada. SPDR Gold Trust ETF (GLD) subiu 15,6% desde o início do ano, refletindo diretamente o preço do ouro físico guardado em cofres em Londres. Entretanto, VanEck Gold Miners ETF (GDX) disparou 32,3% mais alto, aproveitando o rasto das ações de empresas de mineração. A diferença de desempenho revela uma verdade crucial: a subida do preço do ouro e a rentabilidade das minas movem-se em conjunto, mas uma amplifica a outra.
Porque é que o Ouro Está a Acelerar Agora
Comecemos pelas tensões comerciais. A guerra tarifária inflaciona os custos em toda a economia, tornando o papel do ouro como proteção contra a inflação mais valioso do que nunca. Quando a moeda enfraquece e o poder de compra diminui, os ativos reais mantêm-se firmes.
Adicione a fricção geopolítica: as negociações de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia estagnaram, enquanto os ataques aéreos de Israel intensificam-se. A procura por refúgios seguros aumenta quando o mundo parece menos estável.
Depois, considere a mudança de postura da Fed. Cortes nas taxas de juro sinalizam uma mudança — taxas mais baixas reduzem o custo de oportunidade de manter ouro sem rendimento. Comparando com os títulos que oferecem rendimentos modestos, de repente, um metal amarelo acumulado numa cofrezada começa a parecer inteligente.
A queda do dólar em cinco meses torna a oferta ainda mais atrativa. Um dólar mais fraco torna o ouro cotado em dólares mais barato para compradores estrangeiros, impulsionando a procura internacional. A China continuou a comprar ouro pelo quarto mês consecutivo em fevereiro. Globalmente, os bancos centrais acumularam mais de 1.000 toneladas de ouro pelo terceiro ano consecutivo, segundo o World Gold Council. A procura de investimento aumentou 25% face ao ano anterior em 2024.
GLD: A Aposta Pura no Lingote
GLD detém $87,4 mil milhões em ativos sob gestão e negocia cerca de 8 milhões de ações por dia. Com uma taxa anual de 40 pontos base, é um veículo simples: possui uma fatia de ouro real armazenado em cofres protegidos pelo HSBC em Londres. Cada ação representa uma quantidade fixa de lingote.
Esta simplicidade tem os seus prós e contras. Não há risco específico de empresa — sem dramas de CEO, sem problemas operacionais, sem surpresas nos dividendos. O que oferece é exposição ao preço e proteção contra a inflação. Para posicionamento defensivo ou preservação de riqueza em tempos de incerteza, o GLD entrega exatamente o que promete: estabilidade.
GDX: A Jogada Alavancada no Potencial de Mineração
GDX gere $14,8 mil milhões e atrai cerca de 17 milhões de ações em negociação diária. Detém 63 empresas de mineração, sendo que as empresas canadenses representam 44,6% da carteira, os EUA 16,5% e a Austrália 11,1%. A taxa anual de 51 pontos base é um pouco mais elevada, mas o potencial de retorno justifica para certos investidores.
Aqui está a alavancagem: quando o ouro sobe $50, uma empresa de mineração com margens fortes pode ver os lucros a saltar 20% ou mais. Essa alavancagem operacional transforma ganhos no preço do lingote em retornos de ações desproporcionais. Os ETFs de mineração também podem distribuir dividendos e beneficiar de histórias de crescimento específicas das empresas, além da própria commodity. Mas isto funciona também ao contrário — risco de empresa, qualidade da gestão e volatilidade do preço da commodity influenciam os retornos.
Qual o Melhor ETF de Ouro para o Seu Portefólio?
Escolha GLD se procura uma proteção contra a inflação e a incerteza geopolítica. É a escolha para estabilidade a longo prazo, preservação de capital e evitar complexidades desnecessárias. Está a apostar nos preços do ouro sem alavancagem operacional.
Escolha GDX se o seu horizonte temporal permite volatilidade e quer potenciar a subida do ouro. As ações de mineração historicamente superam o ouro físico durante os mercados em alta, porque a alavancagem operacional funciona a seu favor. O potencial de dividendos e a possibilidade de crescimento acrescentam valor além da exposição à commodity.
Os dados falam por si: o GDX quase duplicou os ganhos do GLD este ano (32,3% vs. 15,6%). Mas o desempenho passado e a alavancagem podem ser tanto uma vantagem como uma desvantagem. A melhor escolha de ETF de ouro depende do seu apetite de risco, horizonte de investimento e convicção na continuação da subida dos metais preciosos.