Não é “relação ruim”, é aquele tipo de relação em que ambos realmente desejam que o outro “não tenha um bom destino”.
A cidade é tão pequena que, mesmo tendo apagado essa pessoa da minha vida há muito tempo, ainda consigo ouvir notícias dela de vez em quando.
Hoje à noite, jantando com amigos, não sei como começamos a falar dela, e como de costume comecei a xingar: aquela filha da mãe.
Um amigo disse que ela teve uma doença grave recentemente. Respondi de imediato: espero que o mal a vença logo.
O amigo parou por um momento e disse, parece que é câncer, em tratamento de quimioterapia. Na semana passada, alguém foi ao hospital visitá-la e disse que ela estava quase sem cabelo.
Naquele momento, de repente, o prato perdeu o gosto.
Eu e ela não tínhamos uma grande inimizade. Foi apenas uma discussão de high school, alianças, hostilidade, uma briga de verdade. Lembro que ela tinha cabelo até a cintura na época, e, na confusão, puxei um pedaço de cabelo dela.
Essas coisas eram muito intensas na época, como “não há perdão nesta vida”. Mas diante das palavras “câncer”, de repente pareciam baratas, superficiais, até um pouco ridículas.
Senti uma pontada de compaixão. Não tristeza, não mágoa, nem mesmo uma bênção. Apenas uma reação humana passageira, barata, reflexo de uma condição humana.
Imediatamente comecei a me odiar.
O que estou fazendo? Eu não a odiava? Não desejava que ela não estivesse bem? O que são esses sentimentos agora? Lágrimas de crocodilo? Uma performance moral? Uma falsa compaixão para me enganar?
Talvez diante do ciclo da vida e da morte, nossas antigas mágoas e ressentimentos pessoais não evoluam, apenas sejam superficialmente apagados.
Não é reconciliação, é inutilidade.
Ódio extremo, nem quero mais ir à festa de hoje à noite. Vou para casa e deitar.
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Tenho uma rival de high school.
Não é “relação ruim”, é aquele tipo de relação em que ambos realmente desejam que o outro “não tenha um bom destino”.
A cidade é tão pequena que, mesmo tendo apagado essa pessoa da minha vida há muito tempo, ainda consigo ouvir notícias dela de vez em quando.
Hoje à noite, jantando com amigos, não sei como começamos a falar dela, e como de costume comecei a xingar: aquela filha da mãe.
Um amigo disse que ela teve uma doença grave recentemente.
Respondi de imediato: espero que o mal a vença logo.
O amigo parou por um momento e disse, parece que é câncer, em tratamento de quimioterapia. Na semana passada, alguém foi ao hospital visitá-la e disse que ela estava quase sem cabelo.
Naquele momento, de repente, o prato perdeu o gosto.
Eu e ela não tínhamos uma grande inimizade.
Foi apenas uma discussão de high school, alianças, hostilidade, uma briga de verdade.
Lembro que ela tinha cabelo até a cintura na época, e, na confusão, puxei um pedaço de cabelo dela.
Essas coisas eram muito intensas na época, como “não há perdão nesta vida”.
Mas diante das palavras “câncer”, de repente pareciam baratas, superficiais, até um pouco ridículas.
Senti uma pontada de compaixão.
Não tristeza, não mágoa, nem mesmo uma bênção.
Apenas uma reação humana passageira, barata, reflexo de uma condição humana.
Imediatamente comecei a me odiar.
O que estou fazendo?
Eu não a odiava?
Não desejava que ela não estivesse bem?
O que são esses sentimentos agora?
Lágrimas de crocodilo? Uma performance moral? Uma falsa compaixão para me enganar?
Talvez diante do ciclo da vida e da morte,
nossas antigas mágoas e ressentimentos pessoais
não evoluam,
apenas sejam superficialmente apagados.
Não é reconciliação,
é inutilidade.
Ódio extremo, nem quero mais ir à festa de hoje à noite.
Vou para casa e deitar.