Muitas pessoas ficam de olho nas oscilações do preço do Bitcoin, mas nunca pensaram realmente sobre que problema é que ele resolve.
Comecemos por um facto cruel — as moedas morrem. Na história, inúmeros países caíram e as notas que emitiram acabaram por se tornar papel sem valor. As grandes potências aguentam-se mais tempo, mas e os países pequenos? Quando a economia colapsa, o regime cai, o dinheiro na mão desaparece num instante. Nessa altura, pensas: será possível criar uma moeda que atravesse fronteiras, que não seja controlada por nenhum governo? O Bitcoin é precisamente essa resposta.
Vejamos agora a inflação. Os bancos centrais de cada país têm as máquinas de imprimir dinheiro nas mãos; sempre que há instabilidade económica, aceleram a impressão e injetam liquidez. Quanto mais dinheiro se imprime, mais fraco fica o poder de compra — é o destino das moedas fiduciárias. Mas o Bitcoin é diferente: o código fixa o limite em 21 milhões de unidades, ninguém pode criar mais uma que seja. Essa escassez é, precisamente, a arma contra a desvalorização da moeda.
Há ainda uma questão mais sensível — o teu dinheiro é mesmo teu? Casas, depósitos, ações de empresas — parecem estar em teu nome, mas basta acontecer alguma coisa e esses ativos podem ser congelados ou apreendidos a qualquer momento. Antigamente, havia confisco e extermínio de famílias; hoje, existe congelamento judicial. E o Bitcoin? Desde que tenhas a chave privada, ninguém no mundo te pode tirar à força. Isto não é propaganda anarquista, é apenas constatar que, no que toca à soberania sobre os ativos, o Bitcoin levou a ideia ao extremo.
Por fim, a liquidez. Já tentaste transformar uma casa em dinheiro rapidamente? Ou transferir grandes somas para o estrangeiro? No sistema financeiro tradicional, estas operações não só são incrivelmente lentas, como exigem passar por inúmeras aprovações. Para levantar uns milhares no banco já fazem mil perguntas, quanto mais para transferências internacionais. Mas com Bitcoin, basta cerca de meia hora — independentemente do montante, pode ser enviado de pessoa para pessoa para qualquer canto do mundo. Esta eficiência é algo que o sistema financeiro tradicional nem sonha alcançar.
Por isso, o valor do Bitcoin não está em quanto subiu hoje, mas sim em redefinir o que significa um ativo verdadeiramente detido por uma pessoa. Esta lógica nada tem a ver com ideologias ou posições políticas. Basta acreditares que a tua riqueza merece ser protegida para perceberes o significado da sua existência.
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BugBountyHunter
· 12-09 01:41
É um pouco doloroso, parece que ainda estamos a jogar ao jogo do passa o pacote com o banco central.
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NFTBlackHole
· 12-07 01:51
Com a chave privada na mão, tenho o mundo ao meu alcance — isso é que é verdadeira liberdade financeira, o resto é conversa fiada.
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LuckyBlindCat
· 12-07 01:51
Sem rodeios, ter a chave privada em mãos é tudo o que preciso.
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StopLossMaster
· 12-07 01:50
Com a chave privada na mão, o mundo é meu — isto é que é verdadeira liberdade.
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YieldHunter
· 12-07 01:41
Não vou mentir, o argumento do “teto de 21M” é sólido, mas se fores ver os dados sobre as taxas de adoção vs a correlação com a volatilidade, não resolve assim tão facilmente a tese da hiperinflação como isto dá a entender. Reserva de valor sustentável? Talvez. Moeda realmente utilizável? Os degens andam a dizer isso há 15 anos, lol.
Muitas pessoas ficam de olho nas oscilações do preço do Bitcoin, mas nunca pensaram realmente sobre que problema é que ele resolve.
Comecemos por um facto cruel — as moedas morrem. Na história, inúmeros países caíram e as notas que emitiram acabaram por se tornar papel sem valor. As grandes potências aguentam-se mais tempo, mas e os países pequenos? Quando a economia colapsa, o regime cai, o dinheiro na mão desaparece num instante. Nessa altura, pensas: será possível criar uma moeda que atravesse fronteiras, que não seja controlada por nenhum governo? O Bitcoin é precisamente essa resposta.
Vejamos agora a inflação. Os bancos centrais de cada país têm as máquinas de imprimir dinheiro nas mãos; sempre que há instabilidade económica, aceleram a impressão e injetam liquidez. Quanto mais dinheiro se imprime, mais fraco fica o poder de compra — é o destino das moedas fiduciárias. Mas o Bitcoin é diferente: o código fixa o limite em 21 milhões de unidades, ninguém pode criar mais uma que seja. Essa escassez é, precisamente, a arma contra a desvalorização da moeda.
Há ainda uma questão mais sensível — o teu dinheiro é mesmo teu? Casas, depósitos, ações de empresas — parecem estar em teu nome, mas basta acontecer alguma coisa e esses ativos podem ser congelados ou apreendidos a qualquer momento. Antigamente, havia confisco e extermínio de famílias; hoje, existe congelamento judicial. E o Bitcoin? Desde que tenhas a chave privada, ninguém no mundo te pode tirar à força. Isto não é propaganda anarquista, é apenas constatar que, no que toca à soberania sobre os ativos, o Bitcoin levou a ideia ao extremo.
Por fim, a liquidez. Já tentaste transformar uma casa em dinheiro rapidamente? Ou transferir grandes somas para o estrangeiro? No sistema financeiro tradicional, estas operações não só são incrivelmente lentas, como exigem passar por inúmeras aprovações. Para levantar uns milhares no banco já fazem mil perguntas, quanto mais para transferências internacionais. Mas com Bitcoin, basta cerca de meia hora — independentemente do montante, pode ser enviado de pessoa para pessoa para qualquer canto do mundo. Esta eficiência é algo que o sistema financeiro tradicional nem sonha alcançar.
Por isso, o valor do Bitcoin não está em quanto subiu hoje, mas sim em redefinir o que significa um ativo verdadeiramente detido por uma pessoa. Esta lógica nada tem a ver com ideologias ou posições políticas. Basta acreditares que a tua riqueza merece ser protegida para perceberes o significado da sua existência.