Aqui está algo que mantém os economistas acordados à noite: uma economia que está a prosperar, mas os trabalhadores estão a desaparecer da equação. A administração atual está a surfar uma onda de transformação tecnológica, mas há uma reviravolta peculiar a desenrolar-se.

A inteligência artificial está reescrevendo as regras mais rápido do que ninguém esperava. As empresas estão reportando lucros recordes enquanto simultaneamente reduzem o número de funcionários. Não é a história tradicional de automação que ouvimos antes—desta vez, é diferente. A tecnologia não está apenas substituindo trabalhadores de linha de montagem; está vindo atrás de trabalhadores do conhecimento, analistas, até mesmo profissionais criativos.

O paradoxo? Os números do PIB parecem fantásticos. Os indicadores de produtividade estão a disparar. Mas a Main Street não sente a celebração que a Wall Street está a desfrutar. Estamos a assistir à criação de riqueza sem a criação generalizada de emprego, um fenómeno que desafia todos os manuais económicos escritos antes de 2020.

A verdadeira questão não é se a IA transformará a nossa economia—ela já o está fazendo. O que importa agora é se os decisores políticos conseguem fechar a lacuna entre a prosperidade tecnológica e a prosperidade humana. Porque uma economia que funciona brilhantemente no papel, mas deixa milhões para trás, não é sustentável, não importa quão impressionantes sejam os gráficos.