As recentes movimentações das ações da Nvidia e do Google são realmente um exemplo clássico de um balancinho. Um sobe, o outro cai. A lógica por trás disso é bastante clara - o Google não só lançou o Gemini 3 como também tem o TPU desenvolvido internamente.

Em outras palavras, o Google agora pode ser totalmente autossuficiente e operar em um ciclo fechado. A dependência dos chips da Nvidia? Reduzida drasticamente. Se isso continuar, empresas grandes como Amazon, Microsoft e Meta também devem seguir o exemplo e investir em chips desenvolvidos internamente. A narrativa exclusiva de "dominância de poder computacional" da Nvidia está prestes a ser desmantelada.

Há um ponto ainda mais doloroso: se a eficiência dos modelos de IA continuar a aumentar, a demanda por hardware poderá cair no curto prazo. Antes, para realizar uma tarefa, eram necessárias 10.000 placas, agora 8.000 já resolvem — a narrativa das vendas foi completamente destruída. Esta ação é extremamente semelhante ao surgimento repentino da Deepseek no início do ano. Em poucas palavras, a abordagem de acumular poder de computação está apresentando uma diminuição contínua dos retornos marginais.

Se a Nvidia realmente voltar da lógica de avaliação das empresas SaaS para o modelo de precificação da indústria manufatureira tradicional, então o preço sobre lucro provavelmente terá que ser descontado. Como o Huang vai reagir a isso? Apostar em um centro de computação de IA soberano? Lançar novas tecnologias para abrir uma nova diferença? Criar a próxima pista que pode consumir computação de forma louca (mas como resolver a lacuna de energia)? Ou continuar a aprofundar o ecossistema de hardware e software, aprofundando ainda mais o fosso?

Vamos esperar para ver.