Os dados do PPI de setembro acabaram de sair, o índice de demanda final subiu 0,2%, a pressão inflacionária ainda está lá. Os preços dos produtos subiram 0,9%, mas os serviços essenciais basicamente não se moveram, um pouco mais fracos do que o esperado pelo mercado.

Com esses dados, a queda das taxas de juros pelo Fed parece estar garantida. Teoricamente, os ativos de risco deveriam estar em alta, certo? Agora, olhando para o setor de varejo, na semana passada as vendas no varejo em setembro foram de 733 bilhões, com um crescimento de 0,8%. Os consumidores não estão nem gastando de forma desenfreada, nem segurando a carteira, um ritmo padrão de pouso suave.

O grande bolo deveria aproveitar este sinal de afrouxamento para respirar e alcançar 90 mil dólares, não seria impossível. Mas a realidade? Desde os 88k de ontem, deslizou até 86k, caindo cerca de 0,5%. Os dados são claramente fracos, teoricamente deveriam impulsionar o mercado, mas este simplesmente não está a aceitar.

Por quê? O clima da guerra comercial está muito tenso. Os investidores, ao verem a situação escalando, ficam apprehensivos com os ativos de risco. Além disso, a alta deste ano já foi quase toda revertida, e todos começaram a realizar lucros e a observar, ninguém quer ser o tolo da história.

Estas boas notícias a curto prazo não conseguem calar o ruído geopolítico. Só quando a situação se esclarecer e a poeira assentar é que poderemos ver uma verdadeira recuperação. O que achas?