As stablecoins já não são uma ferramenta de nicho. Em 2024, o volume de transações on-chain de stablecoins atingiu 15,6 biliões de dólares — 20% mais do que todo o volume anual da Visa. Actualmente, o fornecimento global de stablecoins ultrapassa os 30 mil milhões de dólares, um crescimento anual superior a 50%.
O que é que isto significa? Significa que as stablecoins estão a tornar-se numa verdadeira infra-estrutura de pagamentos, e não apenas numa ferramenta para transacções de cripto.
A versão digital do “petrodólar” está a emergir
Olhando para a história, os EUA mantiveram décadas de hegemonia financeira graças ao sistema do petrodólar — os países eram obrigados a liquidar o petróleo em dólares, o que aumentava directamente a procura por dólares e títulos do Tesouro dos EUA.
Agora, as stablecoins estão a seguir a mesma lógica, mas a uma velocidade mil vezes superior.
A Tether (o maior emissor de USDT) detém actualmente cerca de 180 mil milhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA como reservas — tornando-a um dos maiores detentores de dívida dos EUA do mundo, à frente de muitos países. Por cada USDT emitido, é como se alguém estivesse a comprar dívida americana. O governo dos EUA até aprovou em 2025 o “GENIUS Act”, apoiando expressamente as stablecoins e exigindo que os emissores usem títulos do Tesouro e dólares como reservas a 100%.
Isto não é coincidência — é estratégia.
O “salva-vidas” dos mercados emergentes
Se estiveres na Venezuela, Argentina ou Turquia, onde a moeda local desvaloriza tão depressa que te deixa tonto e o sistema bancário colapsa regularmente, o que fazes?
Simples: usas USDT.
Em 2024, o volume de transações de stablecoins na Turquia atingiu 38 mil milhões de dólares, 4,3% do PIB — o valor mais alto do mundo. Na Argentina, 62% das actividades em cripto são transacções com stablecoins. No Brasil, 70% dos levantamentos das exchanges são feitos em USDT ou USDC.
O que está por trás destes números? Milhões de pessoas comuns a contornar governos e bancos incompetentes, usando dólares digitais para fazer negócios, pagar salários e poupar riqueza.
A Flutterwave (maior processadora de pagamentos de África, com 40 mil milhões de dólares/ano) já escolheu a Polygon para processar pagamentos transfronteiriços com stablecoins em mais de 30 países. É um dos maiores casos reais de utilização de stablecoins.
Quão grande é o mercado? Enorme
O M2 (oferta monetária alargada dos EUA) é cerca de 22 biliões de dólares. As stablecoins estão apenas nos 30 mil milhões — 1% do M2.
Mas este 1% está a crescer mais de 50% ao ano.
Se as stablecoins captarem apenas 5% do M2, o mercado será da ordem do bilião de dólares. E isto sem contar com a “dolarização” dos mercados emergentes — onde as pessoas não confiam nas suas moedas e o apetite pelo dólar digital é muito maior do que imaginas.
O que está realmente a acontecer
Em 2024, o volume diário de transações de stablecoins ultrapassou os 100 mil milhões de dólares. O fornecimento de stablecoins na Polygon já é o terceiro maior do mundo (apenas atrás da Ethereum e da Tron), e o fundo BUIDL da BlackRock (produto de tokenização de dívida americana) investiu 500 milhões de dólares na Polygon.
Já não é uma questão de “se” as stablecoins terão sucesso, mas sim de “quão rápido” vão transformar o sistema global de pagamentos.
Os EUA estão a impulsionar isto, a UE está a regulamentar (Lei MiCA) e os bancos centrais estudam as CBDC. As stablecoins já não são o futuro — são o presente.
Esta página pode conter conteúdo de terceiros, que é fornecido apenas para fins informativos (não para representações/garantias) e não deve ser considerada como um endosso de suas opiniões pela Gate nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Isenção de responsabilidade para obter detalhes.
As stablecoins estão a reescrever o panorama financeiro global e tu ainda não te deste conta.
As stablecoins já não são uma ferramenta de nicho. Em 2024, o volume de transações on-chain de stablecoins atingiu 15,6 biliões de dólares — 20% mais do que todo o volume anual da Visa. Actualmente, o fornecimento global de stablecoins ultrapassa os 30 mil milhões de dólares, um crescimento anual superior a 50%.
O que é que isto significa? Significa que as stablecoins estão a tornar-se numa verdadeira infra-estrutura de pagamentos, e não apenas numa ferramenta para transacções de cripto.
A versão digital do “petrodólar” está a emergir
Olhando para a história, os EUA mantiveram décadas de hegemonia financeira graças ao sistema do petrodólar — os países eram obrigados a liquidar o petróleo em dólares, o que aumentava directamente a procura por dólares e títulos do Tesouro dos EUA.
Agora, as stablecoins estão a seguir a mesma lógica, mas a uma velocidade mil vezes superior.
A Tether (o maior emissor de USDT) detém actualmente cerca de 180 mil milhões de dólares em títulos do Tesouro dos EUA como reservas — tornando-a um dos maiores detentores de dívida dos EUA do mundo, à frente de muitos países. Por cada USDT emitido, é como se alguém estivesse a comprar dívida americana. O governo dos EUA até aprovou em 2025 o “GENIUS Act”, apoiando expressamente as stablecoins e exigindo que os emissores usem títulos do Tesouro e dólares como reservas a 100%.
Isto não é coincidência — é estratégia.
O “salva-vidas” dos mercados emergentes
Se estiveres na Venezuela, Argentina ou Turquia, onde a moeda local desvaloriza tão depressa que te deixa tonto e o sistema bancário colapsa regularmente, o que fazes?
Simples: usas USDT.
Em 2024, o volume de transações de stablecoins na Turquia atingiu 38 mil milhões de dólares, 4,3% do PIB — o valor mais alto do mundo. Na Argentina, 62% das actividades em cripto são transacções com stablecoins. No Brasil, 70% dos levantamentos das exchanges são feitos em USDT ou USDC.
O que está por trás destes números? Milhões de pessoas comuns a contornar governos e bancos incompetentes, usando dólares digitais para fazer negócios, pagar salários e poupar riqueza.
A Flutterwave (maior processadora de pagamentos de África, com 40 mil milhões de dólares/ano) já escolheu a Polygon para processar pagamentos transfronteiriços com stablecoins em mais de 30 países. É um dos maiores casos reais de utilização de stablecoins.
Quão grande é o mercado? Enorme
O M2 (oferta monetária alargada dos EUA) é cerca de 22 biliões de dólares. As stablecoins estão apenas nos 30 mil milhões — 1% do M2.
Mas este 1% está a crescer mais de 50% ao ano.
Se as stablecoins captarem apenas 5% do M2, o mercado será da ordem do bilião de dólares. E isto sem contar com a “dolarização” dos mercados emergentes — onde as pessoas não confiam nas suas moedas e o apetite pelo dólar digital é muito maior do que imaginas.
O que está realmente a acontecer
Em 2024, o volume diário de transações de stablecoins ultrapassou os 100 mil milhões de dólares. O fornecimento de stablecoins na Polygon já é o terceiro maior do mundo (apenas atrás da Ethereum e da Tron), e o fundo BUIDL da BlackRock (produto de tokenização de dívida americana) investiu 500 milhões de dólares na Polygon.
Já não é uma questão de “se” as stablecoins terão sucesso, mas sim de “quão rápido” vão transformar o sistema global de pagamentos.
Os EUA estão a impulsionar isto, a UE está a regulamentar (Lei MiCA) e os bancos centrais estudam as CBDC. As stablecoins já não são o futuro — são o presente.