Mudança jurídica em torno de IA e direitos de autor: a decisão do tribunal do Reino Unido sugere lacunas na proteção

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A decisão do Tribunal Superior do Reino Unido destacou-se por evidenciar os grandes desafios na proteção da propriedade intelectual na era digital. No caso em que a Getty Images moveu uma ação contra a Stability AI, o tribunal reconheceu a violação de marca registada, mas considerou que não se tratava de uma violação de direitos autorais.

Detalhes da decisão e avaliação jurídica

A juíza Joanna Smith reconheceu que o modelo Stable Diffusion reproduziu uma marca da Getty em um caso específico, admitindo a violação de marca registada. No entanto, a juíza apontou que o alcance dessa violação era “extremamente limitado”.

Mais importante ainda, o tribunal decidiu que não havia uma “violação primária” por parte da Stability AI. Isso porque a Getty Images não conseguiu provar que a violação foi cometida por utilizadores no Reino Unido. Além disso, por o modelo de IA não ter armazenado ou reproduzido as imagens de forma efetiva, a alegação de “violação secundária” também foi rejeitada.

Sob a perspetiva da Lei de Direitos Autorais, Design e Patentes do Reino Unido de 1988 (CDPA), concluiu-se que modelos como o Stable Diffusion não reproduzem obras protegidas por direitos autorais, portanto, não configuram uma “cópia infratora”. Como resultado, foi declarado que não há violação das seções 22 e 23 do CDPA.

Tendências jurídicas internacionais

Esta decisão está alinhada com precedentes nos Estados Unidos. Em outubro de 2023, o juiz William Orick rejeitou a maior parte das alegações de violação de direitos autorais em um caso envolvendo a Midjourney, DeviantArt e Stability AI. A justificativa do juiz também foi semelhante: as imagens geradas por IA não eram suficientemente semelhantes às obras originais usadas no treinamento, não configurando uma violação de direitos autorais.

Esses precedentes evidenciam a insuficiência do quadro legal atual para proteger de forma abrangente o treinamento e uso de IA.

Ascensão de soluções com Web3 e NFTs

Para preencher a lacuna na proteção jurídica de criadores de conteúdo e artistas, várias empresas de blockchain e projetos Web3 estão adotando novas abordagens. Desenvolvem soluções para rastrear a origem dos dados e proteger os direitos de propriedade intelectual.

No centro dessas iniciativas estão os tokens não fungíveis (NFTs). Os NFTs registram a propriedade original de obras criativas como arte, ensaios, livros e músicas, além de possibilitar a distribuição automática de royalties. Com a tecnologia blockchain, é possível verificar a origem de materiais protegidos por direitos autorais e manter um histórico de uso transparente.

Assim, diante das limitações do quadro jurídico tradicional frente aos desafios da era da IA, o uso de NFTs e mecanismos descentralizados de proteção vêm se consolidando como uma solução real. Blockchain e NFTs deixam de ser apenas objetos de especulação, passando a atuar como fundamentos para estabelecer a propriedade na economia digital.

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