A recuperação de curto prazo da libra esterlina esconde preocupações de longo prazo, alerta Goldman Sachs: a crise fiscal continuará a arrastar a taxa de câmbio
A libra esterlina apresenta uma situação complexa no mercado cambial recentemente. Em 3 de dezembro, a libra em relação ao dólar (GBP/USD) subiu 1,08% para 1,3350, atingindo uma alta de meses, enquanto a taxa de câmbio do euro em relação à libra caiu para 0,8737, atingindo também um ponto baixo mensal. Por trás desta subida, os dados económicos dos EUA mais fracos e o aumento das expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve foram os principais impulsionadores.
No entanto, analistas institucionais alertam que esta recuperação de curto prazo é apenas uma aparência. Opiniões recentes do Goldman Sachs e do Deutsche Bank indicam que os fundamentos que pressionam a libra a longo prazo ainda não melhoraram.
O enfraquecimento do dólar libera espaço para uma recuperação, anúncio do orçamento alivia preocupações próximas
Os dados de emprego ADP de novembro nos EUA surpreenderam ao recuar, aumentando as expectativas de mudança na política do Federal Reserve, o que inibiu o desempenho do dólar. Ao mesmo tempo, após a divulgação do orçamento do governo britânico, as preocupações do mercado com a dívida do Reino Unido foram temporariamente aliviadas, levando a uma recuperação técnica da libra. Um estrategista da Ebury afirmou: “A eliminação da incerteza orçamental pode proporcionar espaço para uma recuperação da libra até o final do ano.”
O mais recente relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reforça esse otimismo de curto prazo. A organização espera que o Banco da Inglaterra corte a taxa de juros duas vezes antes de junho do próximo ano, levando a taxa final para 3,5%. Além disso, a OCDE revisou para cima suas expectativas de crescimento econômico do Reino Unido, elevando a previsão para 2026 de 1% em setembro para 1,2%, e a previsão de crescimento para 2027 para 1,3%. O ministro das Finanças do Reino Unido, Rees-Mogg, expressou otimismo, afirmando que o crescimento econômico do país superará as expectativas.
Austeridade fiscal e política de afrouxamento monetário pressionam a longo prazo, análises coletivas permanecem pessimistas
No entanto, o otimismo de curto prazo não consegue esconder os riscos fundamentais. O Deutsche Bank afirmou que a situação da libra ainda não foi resolvida. O banco destacou que os gastos do Reino Unido podem aumentar significativamente nos próximos dois anos, levando à necessidade de medidas de austeridade, o que significa que a questão orçamental do país será um problema de longo prazo difícil de resolver. Na ausência de soluções estruturais, as notícias negativas continuarão a impactar a libra.
O Goldman Sachs tem uma visão ainda mais pessimista. O banco acredita que as restrições fiscais do Reino Unido continuam sendo o principal desafio para a libra, especialmente em comparação com outras moedas do grupo G-10. Além disso, as preocupações no mercado de trabalho do Reino Unido estão aumentando, o que representa um risco de novas quedas nas taxas de juros. O Goldman Sachs conclui: “A combinação de austeridade fiscal e política de afrouxamento monetário terá um impacto negativo na libra, especialmente em relação às outras moedas europeias.”
Ajuste nas expectativas de câmbio, o euro continua a se fortalecer frente à libra
Com base nessas avaliações, o Goldman Sachs revisou para cima suas projeções para o euro em relação à libra. A previsão é que, em três meses, o euro esteja a 0,89, em seis meses a 0,90 e em um ano a 0,92. Isso reflete uma expectativa de depreciação da libra a longo prazo.
Em um cenário de maior volatilidade no mercado cambial global, moedas de mercados emergentes como o peso filipino também enfrentam pressões, destacando a lógica de diferenciação entre as moedas das economias desenvolvidas. A recuperação técnica de curto prazo da libra pode continuar até o final do ano, mas, a longo prazo, os problemas estruturais fiscais do Reino Unido e a redução do espaço de manobra da política do banco central continuarão a pressionar a taxa de câmbio.
Os investidores devem agir com cautela ao negociar libras, não devendo interpretar a recente recuperação como um sinal de mudança de tendência.
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A recuperação de curto prazo da libra esterlina esconde preocupações de longo prazo, alerta Goldman Sachs: a crise fiscal continuará a arrastar a taxa de câmbio
A libra esterlina apresenta uma situação complexa no mercado cambial recentemente. Em 3 de dezembro, a libra em relação ao dólar (GBP/USD) subiu 1,08% para 1,3350, atingindo uma alta de meses, enquanto a taxa de câmbio do euro em relação à libra caiu para 0,8737, atingindo também um ponto baixo mensal. Por trás desta subida, os dados económicos dos EUA mais fracos e o aumento das expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve foram os principais impulsionadores.
No entanto, analistas institucionais alertam que esta recuperação de curto prazo é apenas uma aparência. Opiniões recentes do Goldman Sachs e do Deutsche Bank indicam que os fundamentos que pressionam a libra a longo prazo ainda não melhoraram.
O enfraquecimento do dólar libera espaço para uma recuperação, anúncio do orçamento alivia preocupações próximas
Os dados de emprego ADP de novembro nos EUA surpreenderam ao recuar, aumentando as expectativas de mudança na política do Federal Reserve, o que inibiu o desempenho do dólar. Ao mesmo tempo, após a divulgação do orçamento do governo britânico, as preocupações do mercado com a dívida do Reino Unido foram temporariamente aliviadas, levando a uma recuperação técnica da libra. Um estrategista da Ebury afirmou: “A eliminação da incerteza orçamental pode proporcionar espaço para uma recuperação da libra até o final do ano.”
O mais recente relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reforça esse otimismo de curto prazo. A organização espera que o Banco da Inglaterra corte a taxa de juros duas vezes antes de junho do próximo ano, levando a taxa final para 3,5%. Além disso, a OCDE revisou para cima suas expectativas de crescimento econômico do Reino Unido, elevando a previsão para 2026 de 1% em setembro para 1,2%, e a previsão de crescimento para 2027 para 1,3%. O ministro das Finanças do Reino Unido, Rees-Mogg, expressou otimismo, afirmando que o crescimento econômico do país superará as expectativas.
Austeridade fiscal e política de afrouxamento monetário pressionam a longo prazo, análises coletivas permanecem pessimistas
No entanto, o otimismo de curto prazo não consegue esconder os riscos fundamentais. O Deutsche Bank afirmou que a situação da libra ainda não foi resolvida. O banco destacou que os gastos do Reino Unido podem aumentar significativamente nos próximos dois anos, levando à necessidade de medidas de austeridade, o que significa que a questão orçamental do país será um problema de longo prazo difícil de resolver. Na ausência de soluções estruturais, as notícias negativas continuarão a impactar a libra.
O Goldman Sachs tem uma visão ainda mais pessimista. O banco acredita que as restrições fiscais do Reino Unido continuam sendo o principal desafio para a libra, especialmente em comparação com outras moedas do grupo G-10. Além disso, as preocupações no mercado de trabalho do Reino Unido estão aumentando, o que representa um risco de novas quedas nas taxas de juros. O Goldman Sachs conclui: “A combinação de austeridade fiscal e política de afrouxamento monetário terá um impacto negativo na libra, especialmente em relação às outras moedas europeias.”
Ajuste nas expectativas de câmbio, o euro continua a se fortalecer frente à libra
Com base nessas avaliações, o Goldman Sachs revisou para cima suas projeções para o euro em relação à libra. A previsão é que, em três meses, o euro esteja a 0,89, em seis meses a 0,90 e em um ano a 0,92. Isso reflete uma expectativa de depreciação da libra a longo prazo.
Em um cenário de maior volatilidade no mercado cambial global, moedas de mercados emergentes como o peso filipino também enfrentam pressões, destacando a lógica de diferenciação entre as moedas das economias desenvolvidas. A recuperação técnica de curto prazo da libra pode continuar até o final do ano, mas, a longo prazo, os problemas estruturais fiscais do Reino Unido e a redução do espaço de manobra da política do banco central continuarão a pressionar a taxa de câmbio.
Os investidores devem agir com cautela ao negociar libras, não devendo interpretar a recente recuperação como um sinal de mudança de tendência.