3 minutos para entender o Humanity Protocol: Como o Web3 pode verificar “que você é uma pessoa real”?

No mundo Web3, há uma questão de longa data subestimada, mas extremamente crucial: identidade.

Como o custo de criação de endereços na cadeia é quase zero, uma mesma pessoa pode facilmente criar centenas ou milhares de identidades. Isso leva diretamente a cenários como votos em DAOs, incentivos por airdrops, redes sociais descentralizadas, entre outros, serem distorcidos por “contas falsas” — problemas coletivamente conhecidos como Ataques Sybil.

As soluções anteriores não eram ideais.

KYC compromete a privacidade, identidades centralizadas vão contra os princípios da descentralização, e os modelos comportamentais muitas vezes não são confiáveis. Assim, a questão se transformou: será que é possível provar que você é uma pessoa real e única, sem revelar qualquer informação pessoal?

O que o Humanity Protocol está tentando resolver?

O objetivo do Humanity Protocol é bem claro: Ele não se importa com quem você é, mas sim em verificar “se você é um participante humano real e único”.

Ele busca fornecer uma camada de infraestrutura de identidade resistente a ataques Sybil para o Web3, realizando a verificação de identidade sem armazenar qualquer dado pessoal.

Tecnologia central: provas de conhecimento zero (ZK)

A tecnologia principal do Humanity Protocol são as provas de conhecimento zero. De forma simples: você pode provar que “atende a certos critérios”, sem precisar revelar qualquer informação privada.

Nesse sistema, o processo de validação foca apenas na “unicidade do humano”, sem envolver nomes, documentos, características biométricas ou outros dados sensíveis. Nenhuma informação pessoal é armazenada na cadeia ou fora dela, reduzindo significativamente o risco de vazamento de privacidade.

O que são os zkProofers?

Os zkProofers são participantes de validação descentralizados. Eles auxiliam na geração e verificação de provas de conhecimento zero, garantindo que a verificação de identidade não dependa de uma única entidade, mas seja realizada por uma rede distribuída.

Essa etapa assegura o grau de descentralização do sistema e sua resistência à censura.

Para que serve o token $H ?

O $H é o token nativo do Humanity Protocol, usado principalmente para incentivar os participantes da rede.

Os zkProofers recebem recompensas em $H ao participarem na validação de identidade, vinculando a “ação de validação” a um incentivo econômico. A sustentabilidade do protocolo depende do equilíbrio entre demanda de validação, custos e recompensas em tokens.

E qual é o significado da parceria com a Mastercard?

O Humanity Protocol não se limita apenas ao cenário Web3.

Atualmente, seu sistema de identidade humana Human ID já está integrado à infraestrutura financeira aberta da Mastercard, para fins de integração tecnológica na área de identidades digitais. Essa não é uma parceria de emissão de cartões, mas uma exploração de como, de forma privada e segura, é possível demonstrar “que você atende a certos critérios” para sistemas financeiros tradicionais.

Isso abre uma nova possibilidade de levar os sistemas de identidade Web3 para o mundo financeiro real.

Onde pode ser utilizado?

As aplicações do Humanity Protocol não se limitam a um único cenário, incluindo: Governança de DAOs, airdrops justos, redes sociais descentralizadas, jogos Web3, sistemas de reputação na cadeia, entre outros. Qualquer situação que exija uma “única identidade por pessoa” pode se beneficiar dele.

Resumo em uma frase

O Humanity Protocol busca resolver uma das questões mais fundamentais e desafiadoras do Web3: Provar que você é uma pessoa real, sem comprometer sua privacidade e o princípio da descentralização.

Usando provas de conhecimento zero, validação descentralizada e incentivos em tokens, oferece uma resposta relativamente completa. Ainda que a adoção em larga escala dependa de validações futuras, esse caminho por si só já merece atenção contínua.