O ETF de Bitcoin à vista da BlackRock, ou seja, o IBIT, tem tido um desempenho recentemente que está difícil de entender.

Durante cinco semanas consecutivas, mais de 2,7 mil milhões de dólares saíram. Só na quinta-feira saíram mais 113 milhões, e pelo que parece, estamos prestes a bater o recorde de seis semanas seguidas de saídas líquidas.

Acho que isto não é assim tão simples. A análise da Glassnode faz bastante sentido — a força mais potente que vinha a empurrar o preço do Bitcoin para cima, ou seja, o fluxo contínuo de capital institucional, enfraqueceu claramente. O dinheiro no mercado apertou e os novos investidores estão mais receosos em entrar.

O que isto significa para o mercado? Pressão, sem dúvida.
Os movimentos das instituições, nesta fase, equivalem a atirar uma grande pressão vendedora de spot para o mercado. O Bitcoin já recuou bastante desde os máximos de outubro. Aqueles dias em que bastava o ETF puxar para cima para se ganhar facilmente, provavelmente já passaram, pelo menos por agora.

O que devem fazer os investidores comuns? Manter a calma, mas ajustar a estratégia.
Já não dá para ficar à espera de um rebote fácil, nem faz sentido correr para comprar na primeira correção. Há muita divergência de opiniões, e ninguém está a conseguir convencer ninguém.

A minha ideia é: se tens uma exposição elevada, aproveita um eventual rebote para reduzir uma parte e garantir lucros e capital. Se ainda queres aumentar posição, o melhor é esperar até que o sentimento do mercado estabilize e haja sinais claros de recuperação. Proteger o capital é o mais importante.

Por detrás desta retirada de fundos, há pistas de uma mudança de estilo no mercado. O dinheiro inteligente pode já estar silenciosamente a preparar-se para outras direções. O que o investidor de retalho deve fazer é esperar pacientemente pela oportunidade e, quando surgir, agir com rapidez e decisão.