Na noite passada, foram divulgados dois conjuntos de dados - a variação mensal das vendas no varejo de setembro e o PPI. Com a publicação do PCE e do CPI atrasada, estes dois dados, embora não sejam o prato principal, pelo menos nos permitem dar uma olhada na verdadeira situação da economia americana, bem como nas entrelinhas que os órgãos estatísticos desejam revelar.

Vamos começar pelo PPI: a taxa anual está basicamente estável, enquanto a mensal apresenta uma ligeira alta. Os preços dos produtos aumentaram 0,9% em relação ao mês anterior, dos quais o preço da gasolina contribuiu com 60% do aumento. No entanto, se o conflito na Europa Oriental terminar conforme o planejado e a situação em um país da América do Sul estiver completamente sob o controle de uma superpotência, não seria a variação dos preços do petróleo determinada por eles? Essa inflação impulsionada por energia, em geral, não é vista pelos bancos centrais como um sinal de "necessidade de apertar a política".

Mais importante ainda - o preço dos serviços não cresceu. Não houve choque inflacionário secundário. Olhando para os dados do varejo, o crescimento de setembro foi quase todo sustentado pelos preços do petróleo e produtos essenciais, enquanto o consumo básico está claramente fraco. O que isso significa? A inflação deve desacelerar mais rapidamente no futuro, e a fraqueza do mercado de trabalho já se refletiu no consumo. Para ser honesto, esses sinais já se assemelham a um alerta de recessão, e não se esqueça de que esses dados são de setembro, antes da paralisação do governo.

Portanto, do ponto de vista da Reserva Federal, eles têm razões suficientes para cortar taxas de juros a fim de evitar que a recessão se espalhe ainda mais. Os dados do CME subiram para 84,7% esta noite, o que também valida esse julgamento.