Ainda agora entrou novembro e o mercado cripto já levou uma forte reviravolta. O BTC caiu quase 13% em relação ao topo anterior e agora anda a oscilar perto dos 104 mil dólares. O ETH está ainda pior, com uma queda de quase 20% no mesmo período. O sentimento do mercado está mesmo tenso — uns perguntam se já é o fundo, outros debatem se entrámos mesmo num ciclo de urso.
Mas qual é afinal a verdadeira razão deste ajuste? As opiniões dos profissionais estão bastante divididas.
Grupo “OGs a vender”: Isto é arbitragem normal
A QCP Capital trouxe uma perspetiva interessante: No último mês, holders de longo prazo transferiram 405 mil BTC para exchanges, mas o preço manteve-se acima do suporte dos 100 mil dólares. O que é que isto mostra? O mercado está a absorver estas vendas.
O analista de Wall Street Jordi Visser até comparou isto ao “período de silêncio após um IPO”. Os grandes investidores não estão a vender em pânico, mas sim a redistribuir posições de forma ordenada — tal como acontece após o fim do período de lock-up de um IPO, são vendas planeadas para realização de lucros. O CEO da Galaxy Digital, Mike Novogratz, revelou que a empresa vendeu recentemente BTC no valor de 9 mil milhões de dólares para clientes. Não parece haver problema nisto, os OGs estão só a realizar lucros.
Grupo “Falta de liquidez”: O shutdown do governo dos EUA está a sugar liquidez
O trader @CatoKt4 destacou um dado frio: durante o shutdown do governo dos EUA, a conta geral do Tesouro americano (TGA) não consegue injetar fundos no mercado e está, pelo contrário, a absorver liquidez. Só nos leilões de Treasuries de 3 e 6 meses da semana passada, foram drenados 163 mil milhões de dólares.
Em tempos normais isto não seria relevante, mas num ambiente já apertado de liquidez, é quase como um aumento de taxas implícito. Não admira que o mercado tenha reagido assim.
Grupo “Ainda não é o topo”: O bull market está longe de acabar
Mas há também vozes otimistas. Rachel Lin, CEO da SynFutures, considera que a correção de outubro pode ser apenas o meio do grande ciclo, não o fim. O seu argumento: se seguirmos o padrão típico pós-halving do Bitcoin, até ao final do ano o BTC pode ir aos 120-150 mil dólares.
Uma opinião mais agressiva vem do @CredibleCrypto: “Desde 2020 que digo, neste ciclo vamos ver pelo menos 10 biliões de dólares de market cap, e os 4 biliões ainda estão longe.” A sua lógica é que o contexto macro ainda é expansionista — até ao final do ano pode haver cortes de juros, o QT termina, o QE já arrancou, as bolsas e o ouro estão em máximos históricos.
O trader @Ashcryptoreal recordou um caso histórico: no início de novembro do ano passado o BTC caiu de 71 mil para 66 mil, toda a gente achava que era o fim. E depois? Em 45 dias subiu 60% até aos 108 mil. O ETH subiu 75% no mesmo período, as altcoins dispararam 5-10x. A história vai repetir-se?
As datas-chave são críticas
@Trader_S18 listou um calendário de datas importantes:
Até 7 de novembro: Ver se o BTC consegue formar um fundo na zona dos 107-111 mil dólares
Até 12 de novembro: Se o BTC se mantiver acima dos 112 mil, os ativos de risco podem recuperar
Meados de novembro: Quando o governo dos EUA reabrir, a conta TGA pode libertar até 900 mil milhões de dólares de volta para o sistema financeiro — equivalente a um QE implícito
É por isso que se diz que, aguentando mais 1-2 semanas, tudo pode ficar claro.
A lógica subjacente é esta
Apesar das diferentes interpretações — uns dizem que o dinheiro está a rodar para IA e finanças tradicionais, outros que são os OGs a vender, outros ainda que é um squeeze de liquidez — há um facto claro: os fundamentos do BTC são mais sólidos do que nunca.
Os dados históricos mostram que o retorno médio do Bitcoin no terceiro trimestre ainda foi positivo (+6,05%), e novembro é tradicionalmente um dos melhores meses para o Bitcoin (12 anos de média +42%). O processo de evolução de “ativo experimental” para “ativo mainstream” implica precisamente esta redistribuição do poder dos whales para o mercado.
Agora a questão é: esta correção é só uma limpeza ou é mesmo topo? A resposta pode chegar dentro de duas semanas.
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Após uma correção de 13% do BTC, estamos a meio do ciclo ou é um sinal de topo? As opiniões estão divididas.
Ainda agora entrou novembro e o mercado cripto já levou uma forte reviravolta. O BTC caiu quase 13% em relação ao topo anterior e agora anda a oscilar perto dos 104 mil dólares. O ETH está ainda pior, com uma queda de quase 20% no mesmo período. O sentimento do mercado está mesmo tenso — uns perguntam se já é o fundo, outros debatem se entrámos mesmo num ciclo de urso.
Mas qual é afinal a verdadeira razão deste ajuste? As opiniões dos profissionais estão bastante divididas.
Grupo “OGs a vender”: Isto é arbitragem normal
A QCP Capital trouxe uma perspetiva interessante: No último mês, holders de longo prazo transferiram 405 mil BTC para exchanges, mas o preço manteve-se acima do suporte dos 100 mil dólares. O que é que isto mostra? O mercado está a absorver estas vendas.
O analista de Wall Street Jordi Visser até comparou isto ao “período de silêncio após um IPO”. Os grandes investidores não estão a vender em pânico, mas sim a redistribuir posições de forma ordenada — tal como acontece após o fim do período de lock-up de um IPO, são vendas planeadas para realização de lucros. O CEO da Galaxy Digital, Mike Novogratz, revelou que a empresa vendeu recentemente BTC no valor de 9 mil milhões de dólares para clientes. Não parece haver problema nisto, os OGs estão só a realizar lucros.
Grupo “Falta de liquidez”: O shutdown do governo dos EUA está a sugar liquidez
O trader @CatoKt4 destacou um dado frio: durante o shutdown do governo dos EUA, a conta geral do Tesouro americano (TGA) não consegue injetar fundos no mercado e está, pelo contrário, a absorver liquidez. Só nos leilões de Treasuries de 3 e 6 meses da semana passada, foram drenados 163 mil milhões de dólares.
Em tempos normais isto não seria relevante, mas num ambiente já apertado de liquidez, é quase como um aumento de taxas implícito. Não admira que o mercado tenha reagido assim.
Grupo “Ainda não é o topo”: O bull market está longe de acabar
Mas há também vozes otimistas. Rachel Lin, CEO da SynFutures, considera que a correção de outubro pode ser apenas o meio do grande ciclo, não o fim. O seu argumento: se seguirmos o padrão típico pós-halving do Bitcoin, até ao final do ano o BTC pode ir aos 120-150 mil dólares.
Uma opinião mais agressiva vem do @CredibleCrypto: “Desde 2020 que digo, neste ciclo vamos ver pelo menos 10 biliões de dólares de market cap, e os 4 biliões ainda estão longe.” A sua lógica é que o contexto macro ainda é expansionista — até ao final do ano pode haver cortes de juros, o QT termina, o QE já arrancou, as bolsas e o ouro estão em máximos históricos.
O trader @Ashcryptoreal recordou um caso histórico: no início de novembro do ano passado o BTC caiu de 71 mil para 66 mil, toda a gente achava que era o fim. E depois? Em 45 dias subiu 60% até aos 108 mil. O ETH subiu 75% no mesmo período, as altcoins dispararam 5-10x. A história vai repetir-se?
As datas-chave são críticas
@Trader_S18 listou um calendário de datas importantes:
É por isso que se diz que, aguentando mais 1-2 semanas, tudo pode ficar claro.
A lógica subjacente é esta
Apesar das diferentes interpretações — uns dizem que o dinheiro está a rodar para IA e finanças tradicionais, outros que são os OGs a vender, outros ainda que é um squeeze de liquidez — há um facto claro: os fundamentos do BTC são mais sólidos do que nunca.
Os dados históricos mostram que o retorno médio do Bitcoin no terceiro trimestre ainda foi positivo (+6,05%), e novembro é tradicionalmente um dos melhores meses para o Bitcoin (12 anos de média +42%). O processo de evolução de “ativo experimental” para “ativo mainstream” implica precisamente esta redistribuição do poder dos whales para o mercado.
Agora a questão é: esta correção é só uma limpeza ou é mesmo topo? A resposta pode chegar dentro de duas semanas.